segunda-feira, 25 de agosto de 2008

da Série: "Se pensar bem, não faz sentido!"


Hoje, em um restaurante aqui perto, não havia lugar para sentar no piso térreo.


Quando perguntamos ao garçom onde poderíamos nos acomodar ele indicou com o queixo - É. Com o queixo. Imaginem um lugar cujo atendimento é tão bom que os funcionários nem se dão ao trabalho de responder VERBALMENTE à sua perguta - para uma escada.


Na parede, ao lado da escada, tinha uma plaquinha - porcamente escrita e colada - com os dizeres:


"Este lado sobe"


TÁ ERRADO!


Quem sobe (ou desce) somos nós.


A escada - independentemente do lado - fica parada.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Tem gente que chama de sofá. Eu chamo de Zona de Conforto!

Eu devo ser o maior representante daquilo que hoje se conhece por preguiça.

Sério.

Eu devo ter herdado todos os genes indígenas e baianos de todos os Valentes e todos os Pimentéis que vieram antes de mim... herdei tantos genes que provavelmente vão faltar nas gerações futuras de descendentes dos V.P.s.

É mais que uma herança genética. É uma vocação. Uma opção de vida.

Eu fui agraciado com o Dom da Preguiça.
Acho que ninguém aproveita melhor e mais integralmente do que eu o estado de ser e de estar tão pura e simplesmente por sê-lo ou está-lo!

A preguiça, de acordo com o dicionário, significa estado de prostração e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que leva o indivíduo à inatividade; desânimo, esmorecimento, indolência... hahahaha

Vou além:

A preguiça é um estado de espírito de prostração e moleza. De causa orgânica, psíquica ou ideológica (oras!). Leva o indivíduo à inatividade, à obesidade, à criatividade e à situação periclitante de condições de higiene pessoal minimamente questionáveis.

Verdade seja dita e justiça seja feita, a preguiça dá um certo trabalho.

Ãn?!?
Explico: Se você for um preguiçoso experiente, como eu, deve saber que é muito difícil ser um preguiçoso oficial e convicto e conviver em sociedade. Com a modernidade, então, as coisas ficam ainda piores. Então vc tem que se antecipar a tudo o que possa te tirar do seu estado de inércia antes de se prostrar na horizontal.

Quando eu vou ver Tv, por exemplo, já me muno de tudo que eu vá ou possa precisar nas próximas horas.
Repasso ítem por ítem o check list:

Controle remoto; ok
Coca-cola; ok
Almofadas; ok
Celulares; ok
Telefone sem fio; ok
Lap Top; ok
Luzes apagadas; ok

É muito importante verificar tudo antes de encostar. Nada incomoda mais que levantar pra atender o telefone que está tocando no quarto (se bem que isso é coisa de iniciante. Nós, os profissionais não nos abatemos mais. Se tocar, tocou. So sorry!).

Puts... e quando vc levanta pra ir ao banheiro e, na volta, deixa a porra do controle remoto em algum lugar?! Acho que nada que eu faça me deixa mais puto comigo mesmo. É uma decepção tão grande que eu me castigo e me obrigo a levantar pra achar o maldito. E o castigo funciona. Fico muito atento pra não dar mancada comigo de novo...

Mas a preguiça é mais que uma atitude - ou falta dela.

Ela é uma lei da Física.

Mr. Newton já lançou moda lá atrás: "Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme, a menos que seja obrigado a mudar seu comportamento por forças ocultas".

Em outras palavras, o que o Seu Isaac quis dizer foi: Me deixa em paz! Agora que eu sentei, não levanto nem a pau!!!

PS: Uma vez até me perguntaram pra que eu eu tenho pernas, se eu não as uso!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Eu torci pro Flu. E o Flu tomou no Cu!!!


Desde que eu sou pequeno (não que agora eu seja grande), eu sou obrigado a EXPLICAR pra que time eu torço.

É que eu sou flamenguista, entendeu?

Então, desde que me conheço por gente, eu ouço duas perguntas seqüenciais. Sempre vêm juntas. Parece obrigatório:
“Que time você torce? Mas você é carioca?”

É como se fosse uma pergunta, só. Nunca ninguém me fez só a primeira indagação.

Pra ser bem honesto, existe uma única – e rara – variação da questão. Ocorria com alguma freqüência quando eu morava no Rio:
“Pra que time tu torrrrce? Uéa, maix tu num éa Paulííxxxta?”

Que merda!

Por acaso quando alguém te responde que é Corintiano, você TEM que perguntar quando ele saiu em liberdade condicional???
Ou quando o cara diz que é Palmeirense, você TEM que perguntar por que ele não gosta de futebol???

Escolher um time é um tipo de ritual de passagem.
Imaginem a voz do narrador dos documentários da Discovery Channel explicando pra um alienígena que acabou de pousar na Terra e está aprendendo sobre os seres humanos:

“Quando o homem atinge a idade pré-escolar ele se vê obrigado a escolher um fardo que carregará para toda a vida. Ele é pressionado pelos outros machos do bando a fazer parte de um grupo, mas seu pai e avô o forçam a dar continuidade à tradição da família. Sentindo-se coagido pelos grupos dominantes, o indivíduo se vê obrigado a fazer a opção de seguir seu caminho sozinho.”

É como uma prévia do que será o vestibular:
É um tiro no escuro. Pode ser que dê certo. Mas provavelmente não dará. Certamente você vai se perguntar muitas vezes se fez escolha certa e até pode mudar a escolha original. Mas sempre vai ter aquela impressão de que estão te olhando com uma cara de desaprovação.

Se mesmo com 17/18 anos, depois de saber o que são cadeias carbônicas, vetor, triângulo eqüilátero e reprodução assexuada, se ainda assim você não faz A MENOR IDÉIA do que quer fazer pra o resto da vida, imagina com 6 anos de idade você ter que decidir que Diabos de time você vai escolher pra defender e ser zoado para todo o sempre...!?

É muito complicado. O processo deveria ser melhor elaborado. Sei lá, talvez assegurado pela constituição ou pelo estatuto da criança e do adolescente: “Será permitida a troca até que o menor atinja a puberdade.” Ou “ É de direito do cidadão guardar para si e tão somente para si o sigilo quanto ao time de preferência”.

Afinal, não são todas as pessoas que (como eu) são privilegiadas com o Dom do bom-senso e do bom-gosto, desde criança.

Torcer pro Flamengo é uma maravilha. Principalmente por não ser carioca e, mais ainda, por morar em Sampa.

Se perder, ninguém vai te encher o saco. Se ganhar, você enche o saco de todo mundo.
Também é muito conveniente pra fazer política de boa vizinhança. Ninguém acha errado se você, enquanto flamenguista, der uma força pro seu infeliz amigo saopaulino. Ou pro coitado do seu irmão caçula palmeirense.

E até quando os outros times cariocas jogam... não tem stress...

Semana passada, por exemplo. Final da Libertadores. Puta campeonato importante. Um time brasileiro na final, contra um time x de um país que não é o Brasil.
Lógico que eu torci pro Flu. Ser um flamenguista-paulista me permite isso, sem o perigo de flertar com a virada de casaca.
É como se fosse uma licença poética futebolística!

Se o Fluminense ganhar, ótimo! O Brasil é campeão.

Se o Flu perder... HAHAHAHA MEEEEEEEGO MEEEEEEENGO!!!!!

terça-feira, 3 de junho de 2008

da Série: "Se pensar bem, não faz sentido!"

Hoje, numa visita ao banheiro público, reparei uma coisa que não fazia sentido!

Estava lá, ao lado do vaso sanitário (vulgo privada), um novo acessório pregado na parede, com uns papéis a serem puxados de dentro (calma, vc já vai entender).

Neste acessório estava escrito:

"Protetor de assento sanitário."

Após uma breve viagem em meus pensamentos e imagens que me vieram à cabeça, pensei:

Tá errado! Deveria estar escrito:

"Protetor de bunda!"

Sério! Pensa bem...

Ou você acha, mesmo, que aquele negócio foi feito pra proteger a privadinha linda da sua bunda suja?!?!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Começando bem!

Nessa nova onda de “crescimento” e “desenvolvimento” pessoal na qual me envolvi – processo que, inclusive, despertou minha vontade antiga de criar um blog... mas isso é outro assunto – fui buscar informações sobre o mundo espiritual.

Até aí tudo bem, sem grandes novidades, grandes emoções...

Aí, acabei por simpatizar com o tal do budismo.

Não! Não é porque ele também é um gordinho simpático com cara de engraçado e que vive de cueca.
É que eu realmente achei os preceitos, os ensinamentos, as filosofias e os artefatos decorativos interessantes, à primeira vista.

Obviamente minha busca espiritual começou pelo Google.

Este, agindo como meu guia-espiritual, literalmente, me “sugeriu” um site de um templo budista “X”.

Tudo muito bonitinho, cheio de ideogramas complexos, palavras compostas com seqüências de três letras e fonemas engraçados que formavam palavras divertidas (Bru-Ciy-Lii, Hsi-ing-yun, Sol-tei-Pum, Kah-Foo-Ne), fotos da natureza e frases cheias de sabedoria de uns carinhas barbudos.

Fiquei realmente interessado e disposto a imergir nesta nova busca.

Procurei (e não encontrei) informações práticas sobre como começar.

Seria excelente se houvesse um ícone: “Seja budista, clique aqui!” ou “Inscrições abertas para curso de iniciação ao Budismo”.

Mas não havia.

Recorri, então, ao bom e velho “fale conosco”, peguei o e-mail de contato da administração do templo e enviei um e-mail mais ou menos assim:

Olá, bom dia.
Gostaria de ter maiores informações sobre os ensinamentos e práticas do Budismo. O que devo fazer para ingressar nos cursos?
O templo é aberto à visitação? Quais são os procedimentos para iniciar minha busca? Quando faz frio, o Buda usa camisa? Quando vai na balada, o Buda entra de sandálias?????????


Hoje, depois de quase 2 semanas de vazio espiritual, recebi o seguinte e-mail:

“Bom dia. Para maiores informações consulte nosso site.”

(...pausa para o surto...)

Juro.

Até agora não entendi se me chamaram de burro ou se isso é um teste à minha paciência como parte do processo de iniciação.

Se for a segunda alternativa, vou entrar no módulo “avançado” ou na turma dos “desesperadamente necessitados de ensinamentos do mestre Zen sobre auto-controle”.

Respira fundo, Lucas. Conta até 10.

1...2...3...



L.V.P.