Nessa nova onda de “crescimento” e “desenvolvimento” pessoal na qual me envolvi – processo que, inclusive, despertou minha vontade antiga de criar um blog... mas isso é outro assunto – fui buscar informações sobre o mundo espiritual.
Até aí tudo bem, sem grandes novidades, grandes emoções...
Aí, acabei por simpatizar com o tal do budismo.
Não! Não é porque ele também é um gordinho simpático com cara de engraçado e que vive de cueca.
É que eu realmente achei os preceitos, os ensinamentos, as filosofias e os artefatos decorativos interessantes, à primeira vista.
Obviamente minha busca espiritual começou pelo Google.
Este, agindo como meu guia-espiritual, literalmente, me “sugeriu” um site de um templo budista “X”.
Tudo muito bonitinho, cheio de ideogramas complexos, palavras compostas com seqüências de três letras e fonemas engraçados que formavam palavras divertidas (Bru-Ciy-Lii, Hsi-ing-yun, Sol-tei-Pum, Kah-Foo-Ne), fotos da natureza e frases cheias de sabedoria de uns carinhas barbudos.
Fiquei realmente interessado e disposto a imergir nesta nova busca.
Procurei (e não encontrei) informações práticas sobre como começar.
Seria excelente se houvesse um ícone: “Seja budista, clique aqui!” ou “Inscrições abertas para curso de iniciação ao Budismo”.
Mas não havia.
Recorri, então, ao bom e velho “fale conosco”, peguei o e-mail de contato da administração do templo e enviei um e-mail mais ou menos assim:
“Olá, bom dia.
Gostaria de ter maiores informações sobre os ensinamentos e práticas do Budismo. O que devo fazer para ingressar nos cursos?
O templo é aberto à visitação? Quais são os procedimentos para iniciar minha busca? Quando faz frio, o Buda usa camisa? Quando vai na balada, o Buda entra de sandálias?????????”
Hoje, depois de quase 2 semanas de vazio espiritual, recebi o seguinte e-mail:
“Bom dia. Para maiores informações consulte nosso site.”
(...pausa para o surto...)
Juro.
Até agora não entendi se me chamaram de burro ou se isso é um teste à minha paciência como parte do processo de iniciação.
Se for a segunda alternativa, vou entrar no módulo “avançado” ou na turma dos “desesperadamente necessitados de ensinamentos do mestre Zen sobre auto-controle”.
Respira fundo, Lucas. Conta até 10.
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L.V.P.